BLACKSEA NÃO MAYA / PIQUENOS DJs DO GUETTO s/t 12″
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BLACKSEA NÃO MAYA / PIQUENOS DJs DO GUETTO s/t 12″
"Blacksea Não Maya (Margem Sul, Fogueteiro) e Piquenos DJs do Guetto (Portela, maioritariamente) juntaram-se há muitos meses nas noites mensais da editora Príncipe no Musicbox, centro de Lisboa. Da convivência, solidificação do trabalho das crews e da própria noite, surgiu naturalmente o plano lógico de representar em disco o que estava a acontecer no terreno.
Quinta edição Príncipe, para alargar o espectro, mostrar música incrível a ser produzida em casas familiares (BNM são quase todos família, PDDG juntam-se na Casa Da Mãe) fora dos radares a que estamos habituados, noções de herança africana muito muito diferentes não só da linha mais comum de kuduro ou batida que acabam por ser faces mais visíveis como também diferentes de quaisquer adaptações conhecidas ao consumo europeu ou branco. DJs Kolt, Perigoso e Noronha (BNM), Firmeza, Maboku e Lilocox, todos assinam produções neste disco, todos transportam no corpo e na cabeça a sua vocação genuína, e por isso estes sons são não só únicos e apenas possíveis em Lisboa por causa do Passado de Portugal mas também comoventes e livres de qualquer interesse puramente antropológico. Esqueçam isso. “Afrooloove” (DJ Kolt) e “África Congo” abrem e fecham o lado B.N.M. com sentimento africano muito presente, beats complexos, harmonias irresistíveis e uma beleza completamente exposta na superfície.
Pelo meio, DJ Perigoso mostra em duas faixas o lado de assalto sónico mais suado, simultaneamente físico e mental. DJ Firmeza abre o lado B com dedicação a Príncipe numa malha devastadora de fisicalidade e amor pelo Tambor; logo a seguir, “Remeche As Coisas” soa literalmente a uma reorganização, e a assinatura “DJ Firmeza na casa!” parece querer dizer que ele está de facto em casa a arrumar o quarto. Tomem atenção à construção percussiva. É o quê? Mais para a frente, DJ Maboku faz chorar com a maneira como integra um groove de flauta na batida house quebrada que tão bem sabe fazer.
É indescritível de bonito. Ele está lá também na última faixa, juntamente com Lilocox e Firmeza: “O Vento Uma Verdadeira Amizade” soa a funaná em house, mas isso é a nossa cabeça a tentar arranjar referências. De novo: esqueçam isso. Esta música é verdadeiramente romântica, africana e universal, pós-rave, não-house e o que lhe quiserem chamar, mas a segurança de que existe tal e qual como é fornece um conforto que não sabemos bem explicar. Disco importantíssimo em 2013, na década e, arriscamos, em toda a linha contínua de música de origem africana a ser produzida em Portugal pelo menos desde a descolonização. O termo é pesado mas é mesmo assim. "
Quinta edição Príncipe, para alargar o espectro, mostrar música incrível a ser produzida em casas familiares (BNM são quase todos família, PDDG juntam-se na Casa Da Mãe) fora dos radares a que estamos habituados, noções de herança africana muito muito diferentes não só da linha mais comum de kuduro ou batida que acabam por ser faces mais visíveis como também diferentes de quaisquer adaptações conhecidas ao consumo europeu ou branco. DJs Kolt, Perigoso e Noronha (BNM), Firmeza, Maboku e Lilocox, todos assinam produções neste disco, todos transportam no corpo e na cabeça a sua vocação genuína, e por isso estes sons são não só únicos e apenas possíveis em Lisboa por causa do Passado de Portugal mas também comoventes e livres de qualquer interesse puramente antropológico. Esqueçam isso. “Afrooloove” (DJ Kolt) e “África Congo” abrem e fecham o lado B.N.M. com sentimento africano muito presente, beats complexos, harmonias irresistíveis e uma beleza completamente exposta na superfície.
Pelo meio, DJ Perigoso mostra em duas faixas o lado de assalto sónico mais suado, simultaneamente físico e mental. DJ Firmeza abre o lado B com dedicação a Príncipe numa malha devastadora de fisicalidade e amor pelo Tambor; logo a seguir, “Remeche As Coisas” soa literalmente a uma reorganização, e a assinatura “DJ Firmeza na casa!” parece querer dizer que ele está de facto em casa a arrumar o quarto. Tomem atenção à construção percussiva. É o quê? Mais para a frente, DJ Maboku faz chorar com a maneira como integra um groove de flauta na batida house quebrada que tão bem sabe fazer.
É indescritível de bonito. Ele está lá também na última faixa, juntamente com Lilocox e Firmeza: “O Vento Uma Verdadeira Amizade” soa a funaná em house, mas isso é a nossa cabeça a tentar arranjar referências. De novo: esqueçam isso. Esta música é verdadeiramente romântica, africana e universal, pós-rave, não-house e o que lhe quiserem chamar, mas a segurança de que existe tal e qual como é fornece um conforto que não sabemos bem explicar. Disco importantíssimo em 2013, na década e, arriscamos, em toda a linha contínua de música de origem africana a ser produzida em Portugal pelo menos desde a descolonização. O termo é pesado mas é mesmo assim. "
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